

A ARTE COMO CAMINHO
O lugar onde, na Idade Média, surge o Mosteiro de Leça do Balio, já era notável desde, pelo menos a Época Romana, há dois mil anos, como prova a descoberta de uma ara dedicada ao deus Júpiter.
Doado pela condessa de Portucale, Dona Teresa, à Ordem dos Cavaleiros de S. João de Jerusalém do Hospital, das mais prestigiadas instituições internacionais, o Mosteiro de Leça do Balio teve um importante papel na História de Portugal. Acolheu famosos e anónimos que caminhavam rumo a Santiago de Compostela, recebeu o casamento real de D. Fernando e D. Leonor Teles, o único por amor da monarquia portuguesa e foi abrigo do líder absolutista D. Miguel durante o Cerco do Porto.
Extinto em 1834, o Mosteiro entrou num acentuado processo de ruína e abandono que não foi travado pela sua classificação como Monumento Nacional em 1910.
O início da sua regeneração tem lugar a partir de 2016 quando adquirido pelo Lionesa Group que junta pela primeira vez, os arquitetos Siza Vieira e Sidónio Pardal num projeto de requalificação que mais do que o património material, pretende reativar uma importante herança, a de pioneirismo e humanismo, na sua incontornável ligação aos Caminho de Santiago.
Assim nasce o Balio: o Mosteiro, Jardim e Templo. Um ambicioso projeto de capacitação cultural do território, assente na espiritualidade que esta história milenar transporta e que é agora transformada em símbolos do século XXI através da arte contemporânea. Uma nova envolvente num espaço onde os mais 7000 lioneses fazem o seu dia a dia, que visa despoletar sensações e ser um indutor de novos caminhos.
Com a missão de proporcionar ao visitante uma experiência de auto visitação através do contacto com a História e a Arte, o Balio abrirá portas no início de 2024.
Balio, o caminho de uma história milenar na contemporaneidade da visão de Siza.